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A história da Quinta de Luou

Quinta de Luou está localizada no lugar de Luou, Freguesia de Santa Cruz, Concelho de Ponte de Lima, e a ele se deve a origem do seu nome.

Como curiosidade, vale a pena mencionar que na Galiza, no Município de Teo, existe uma aldeia também chamada Luou, que preserva vestígios de tempos pré-históricos.

Na carta de Beiral do Lima, em 1515, há uma referência a "Fernão de Luou".

As primeiras referências à "Quinta de Luou" são datadas do século XVIII e estabelecem a ligação com o Morgadio da "Casa do Fundão", situada em Loureira (Vila Verde).

Desta família descende o 2º Visconde da Torre, Alberto Feio da Rocha Páris, que morreu sem descendência em 1912, e deixou a propriedade à família da sua mulher, Maria Cândida Malheiro Reymão, irmã do bisavô dos actuais proprietários.

A parte mais antiga da casa, cuja data de construção não é conhecida, deve ser constituída pela área da cozinha, o alpendre e as escadas da cozinha, e a parte da fachada oeste que termina junto ao tubo de queda de águas da chuva, onde são visíveis as pedras que fariam o primitivo início da fachada da casa.

No século XVIII, terá havido uma extensão para a actual área da varanda, onde a fachada principal da casa terá sido construída.

A existência de duas portas de entrada no alpendre deve-se à sua funcionalidade. A da direita conduziria à antiga sala de entrada (agora transformada em quarto), sendo utilizada para receber visitantes e a que ainda está em serviço dá um corredor e seria utilizada pelo pessoal da casa.

No final do século XIX, o alpendre foi construído sobre a escadaria. Desconhece-se se a escadaria já existiria ou se apenas teria sido coberta com um telhado.

Ao mesmo tempo ou no início do século XX, o salão sul terá sido construído, o qual poderá ter sido inicialmente um terraço aberto.

A Quinta de Luou durante muitos anos foi também conhecida como "Quinta de Santa Cruz" e a Casa Principal tem como patrono Santo António, tendo em tempos existido no topo das duas portas de entrada uma imagem de pedra do referido Santo.

Durante as recentes obras de remodelação para o turismo, quase todos os tectos permaneceram na sua forma original; num dos actuais sanitários, o interior do tecto foi removido para permitir a criação de uma clarabóia.